29 agosto 2013

Adulta, eu?

Leia este post ouvindo White Flag, da Dido.

"Você tá com, sei lá... cara de mulher!" Essa foi a frase que me deixou encucada por dias e dias antes de eu decidir escrever esse post, nesta madrugada de insônia. Muita gente já tinha me falado isso de diferentes maneiras e eu sempre dava risada de tudo. Achava impossível isso acontecer... Sempre me achei meio abobalhada, meio moleca, meio doidinha e sempre me rotulei assim a vida toda! Daí ultimamente eu tenho escutado coisas sobre ser adulta, responsável e todas essas coisas que eu não ouvia até uns meses atrás.
Não sei exatamente o que aconteceu nesses meses que se passaram, mas acho que eles foram decisivos pra grande mudança na minha vida, digamos assim... Tive que renunciar MUITAS coisas pra chegar aqui onde eu cheguei. Sofri, chorei e eu perdi as contas de quantas vezes me ví no chão do banheiro chorando baixinho pra não acordar ninguém. Eu nunca entendi por quê de todo aquele sofrimento e dor. Mas hoje, com outra mente, com outros olhos e uma outra maturidade, entendo que tudo aquilo foi necessário pro meu amadurecimento. Posso continuar não sabendo de muita coisa, ainda me acho meio menina, meio solta nesse mundão, mas com certeza, estou muito mais inabalável do que no ano passado.
A dor, as lágrimas, todo aquele "drama" teve um papel muito importante na minha vida, na formação do meu caráter e da minha personalidade. Teve um dia, no meu trabalho, que uma colega minha me perguntou (em tom de deboche) se valeu a pena ter passado tudo o que eu passei e ter aguentado tudo o que eu aguentei por causa do Marcos, e pra surpresa dela, eu disse que sim! Apesar de tudo, o Marcos ajudou a velha Ana Raquel, fraca e feia a ir embora. Ajudou a nova e cheia de vida Ana Raquel a nascer. Hoje encaro meu passado como uma grande escola, onde aprendi MUITA coisa. Onde aprendi a me descobrir e onde eu pude crescer e me tornar em pouco tempo o que eu nunca consegui me tornar...
Apesar de já ter me realizado na maioria das áreas da minha vida, falta muita coisa. Essa semana eu ouvi que eu ainda não sei quem sou e no momento em que ouvi isso, fiquei muito muito muito chateada mesmo! Mas parando pra pensar melhor e devagar, eu vi que realmente ainda não sei quem sou. Mas sei o que quero ser, sei onde quero chegar, sei quem quero por perto e quem quero longe de mim! Parece bem fácil reorganizar a vida, mas não é tão fácil quanto parece quando tudo já estava "arrumadinho" dentro de você. Mudar algo (ou tudo) em você se torna uma missão a la 007 quando você já estava habituado a ser de um jeito. Vocês não entenderiam mesmo se isso dependesse da vida de vocês... Uma coisa apenas minha! Acho que com o decorrer de 2013 todos vão passar a notar as coisas diferentes que alumas pessoas no meu circulo social já notaram. rs
Estou feliz, estou satisfeita. Deus tem sido ESSENCIAL na minha vida e nos meus atos. Minha Luna tem sido minha base e minha família, com certeza tem sido meu escudo contra as coisas e sentimentos ruins. Passei por momentos bem ruins, mas o tempo de cantar chegou... E eu já comecei a colher o que eu plantei com lagrimas!

Beijos de Borboleta,
- Kell Catturandi.

27 agosto 2013

A festinha da Luna.

No dia 2 de agosto de 2013, foi realizado na casa de um dos tios paternos da Luna, uma festinha para comemorar o seu primeiro aninho de nascida. Eu sempre planejei uma festa grande, pomposa, do jeito que foi o baby chá dela. Mas com toda essa coisa da Luna ir morar longe de mim, a falta de dinheiro, mamãe se formando... Foi tudo muito ruim para organizar uma festa e também por eu estar guardando dinheiro pra faculdade... Tudo foi levando ao cancelamento da festa.
Minha avó chegou a planejar um "bolinho" para não passar em branco, mas acabou que ela se juntou com a família do pai, que decidiu também fazer uma festinha beeeeeem simples, só pra familia mesmo.
Eu fiquei muito nervosa, quando dias antes, Marcos Paulo me convida. Tremi nas bases, ainda não me sentia pronta pra encarar todo mundo. Disse que eu não iria, agradeci o convite e segui minha vida normalmente.
Com a festinha se aproximando, a frase que eu mais ouvi foi "tu vai pra festa da bulu?" e a cara feia das pessoas depois de ouvirem o meu sonoro "NÃO". Era pessoal. Somente você sabe quando está pronta pra encarar seus medos de frente e sorrindo ao mesmo tempo. É mais complicado do que parece. Eu não queria topar com certas pessoas naquela casa. Fiquei com muito medo.
Mas por um segundo, parei e pensei comigo mesma, que eu deveria ir, e provar pra todos (e pra mim mesma) que eu havia crescido, mudado e amadurecido completamente durante esse tempo que se passou. E assim foi. Me arrumei e fui.

Recebendo os convidados

presenteando

vida <3


avó paterna, Neide.




Titio Ney e papai





familia <3
nosso momento.

Bolo

os bisavós

















despedida ;c

lindos

minha vida.
Foi super calmo e agradável. Recebi todos com alegria e também fui muito bem recebida por todos. Matei a saudade de grande parte da família que estava presente. Conheci outra parte que não conhecia.
Luna ficou sorridente a festa INTEIRA e não largava meu colo por nada neste mundo rs Fiquei com medo de ela me estranhar, ignorar ou preferir o pai dela do que a mim, mas foi o contrário, quando ela estava com ele, ficava se jogando pro meu colo hahahaha. Muita fofura. Se divertiu bastante e ganhou vários presentes.
Não fiquei até o final da festa, pois tinha compromissos na minha igreja, mas fiquei o suficiente pra fazer parte disso tudo. Fiquei orgulhosa de mim mesma e até surpresa por não sentir nada, se é que vocês me entendem... Todas as pessoas importantes estavam na festa, as pessoas que são "participação especial" ficaram de fora por pedido da dona da casa. E foi isso :)

Ano que vem, planejo fazer uma big festa no estilo tal mãe, tal filha, pra comemorar nossos 20 e 2 anos de idade. hahaha <3

Beijos de borboleta,
-  Kell Catturandi.

23 agosto 2013

O caminho de volta pro amor


Se eu fosse contar quantas pessoas no meu círculo de amigos estão em busca de um amor, eu perderia as contas várias vezes antes de chegar a um resultado. Eu estou com 19 anos agora e meus amigos estão na mesma faixa de idade. Talvez esse seja aquele momento em que as pessoas passam a pensar em família, futuro, casamento e tudo mais... Tudo isso nasceu em mim muito cedo. Aos 17 anos, por conta de uma desilusão amorosa, que deu um frutinho maravilhoso, lembram-se? E desde então, eu comecei a "busca" pelo amor. E no caminho eu encontrei vários "amorezinhos", se é que assim posso chamar. Várias paixonites e nenhuma delas conseguiu suprir as necessidades do meu coração. Cheguei na fase de rejeitar as coisas menores que um grande amor. E se vcs querem saber, não se encontra um grande amor na esquina ou na taberna da esquina! Hahaha (infelizmente). Eu costumava dizer pras minhas amigas que eu já passei por tanta coisa sentimental, que quando o meu ~grande amor~ chegasse, eu saberia de cara! Mas a única coisa que eu soube, é que você NUNCA vai estar pronto pra receber o amor. Ele não avisa, nao manda cartinha de aviso prévio. Ele simplesmente chega e te toma de jeito! Ele te transforma de um modo maravilhoso e único. É a sensação mais maravilhosa que um ser humano pode experimentar. 


Fico indignada quando vejo adolescentes falando mal do amor, como se fosse a pessoa mais indicada a falar sobre isso kkkkk. Pessoas da minha idade precisam aprender que não se pode confundir o maior sentimento do mundo com uma paixãozinha qualquer que você irá esquecer daqui duas semanas.
Sou uma das poucas pessoas que ainda acreditam no amor. E eu acredito meeeeesmo! Apesar de todas as coisas que eu já (sobre)vivi, eu acredito que ainda vou casar com um príncipe, num vestido branco, divino e enorme. E eu me sinto confiante assim... O amor vai chegar. No tempo certo, na hora certa e com a pessoa certa!!! Estou esperando. Esperando em Deus. Se tenho alguém em mente? COM CERTEZA! kkkkkkkkkkkkk
E na torcida pro meu "amorzinho" crescer e se tornar algo sem dimensões. Sem pressa, sem pressão. Afinal, se todo mundo tem um par, eu estou a procura do meu. A procura do meu partner, da metade da minha laranja, da tampa da minha panela, e passo por passo, encontrar o caminho de volta pro amor...
E se não for ele?? Paciência... A vida continua.

Beijos de borboleta, 
- Kell Catturandi.

22 agosto 2013

Without Luninha.

Desde que a minha rainha foi morar com o pai dela, obviamente muita coida mudou. O cheirinho de bebê foi embora, nunca mais fui acordada com puxões de cabelo, nunca mais eu esbarrei em brinquedos no chão, nunca mais precisei me preocupar em fazer mamadeiras nos horários certinhos, ou dar banhos, ou simplesmente poder pegar minha gordinha nos braços e cheira seu cabelinho liso e ralo caindo na sua testa.
A alegria de ter um bebezinho engatinhando pela casa acabou e deu lugar a um vazio completo na minha alma. Um buraco que nada podia tapar ou cobrir e tudo isso foi bastante difícil pra mim. Deus sabe quantas vezes chorei. Deus sabe quantas vezes eu já quis desistir de tudo isso e voltar atrás. Toda vez que nos vemos, eu olho em seus olhinhos inocentes e me pergunto se tenho feito a coisa certa. Se mais na frente ela irá entender o que eu precisei fazer e que tal feito, foi pensando no melhor pra nós duas, nosso futuro e no relacionamento dela com o pai dela. Tenho medo. Medo de ser rejeitada, medo de ser esquecida, medo de ser substituída por uma pessoa qualquer.
Pessoas do Brasil inteiro tem me confortado, tem me dado palavras amigas, gente que ja passou por essa situaçao sendo em meu lugar ou no lugar da Lulu e me disseram que no final tudo vai dar certo... E talvez seja verdade. Tudo vai dar certo, seja do meu jeito ou não. A dor não tem fim, a dor não acaba e o vazio tem se feito presente em meu ser. Nada e nem ninguém irá cobrir a falta que a minha filha faz. Nenhum cheirinho se compara ao cheirinho dela, a sua voz doce e meiga, seu sorriso, seus dentes, seus passos cambaleantes pela casa inteira.
Oh céus, como faz falta! Tenho aproveitado esse tempo de maneira 100% produtiva. Trabalhando MUITO. Trabalhando penosa e arduamente pra pelo menos tentar reverter minha antiga situação, e em pouco tempo já tenho visto resultados positivos. Tive que (infelizmente) adiar a faculdade pro ano que vem, pelo fato de não conseguir conciliar tempo na minha vida. Tenho me entregado de modo completo a servir na minha igreja, voltei a cantar, a dançar e hoje me vejo tão apaixonada pelo meu Jesus de um modo que nunca me senti antes. Isso tem renovado minhas forças, minhas esperanças e meu modo de ver as coisas que já se passaram durante esse tempo todo em que minha vida começou a mudar.
Tomei muuuuitas atitudes precipitadas, falei muita besteira. Fiz muita cagada... E hoje eu enxergo que apesar de tudo, bao existem vítimas e nem culpados. Eu, Emily, Marcos Paulo, minha ex sogra, meus pais, avós etc... Todos nós temos uma parcela de culpa e todos nós somos vítimas. Muita coisa aconteceu e todos nós pagamos de algum modo. Demorou, mas graças a Deus eu me livrei da dor e da amargura. Me desculpei com todos e em breve estarei marcando uma reunião formal pra me desculpar pessoalmente de todos da familia paterna da Luna. Ninguem me obrigou a isso, mas eu quero construir uma relaçao saudável com os que estao em volta da minha filha.
Estou livre da culpa, livre da mágoa. E me sinto tão bem assim! Me sinto feliz e leve. Me sinto até mais bonita hahahahaha
Acho que finalmente consegui virar a página e fechar o livro. É hora de começar uma nova etapa na minha vida. E sabe? Eu estou radiante e completamente confiante!
Seja o que Deus quiser...

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."